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Estudo visa redução de lançamento de esgoto em córregos e rio

Agersa está identificando pontos da rede que precisam de adequação

Com o objetivo de avaliar a eficiência do sistema de coleta e tratamento de esgoto, a Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Agersa) de Cachoeiro de Itapemirim vem realizando levantamento dos pontos e terminações de redes coletoras em toda a cidade. O próximo passo será a elaboração de formas de garantir que todo o esgoto coletado no município seja enviado para tratamento.

“Essa ação é um refinamento dos serviços prestados, uma vez que, inicialmente, o objetivo do contrato com a concessionária BRK Ambiental era a máxima extensão de rede coletora, porém, com a ocupação urbana desordenada, alguns pontos ficaram sem acesso aos serviços”, explica diretor-presidente da Agersa, Vilson Carlos Gomes Coelho.

Cachoeiro possui cobertura de 98,06% da malha urbana com rede coletora de esgoto, sendo cerca de 69 mil imóveis ligados à rede. Ocorre que parte é compartilhada com a rede de drenagem de águas pluviais, ou seja, são redes de sistema unitário.

“Quando as águas das chuvas são escoadas para o sistema unitário, ocorre um grave problema, pois todo o esgoto presente nesta rede é direcionado para o Rio Itapemirim”, destaca Vilson Coelho.

A Agersa vem buscando, por meio do levantamento em fase de execução, detalhar o tipo de coleta e identificar os pontos com necessidade de substituição de redes do sistema unitário. A substituição de redes resultará na redução de lançamento de esgoto no Rio Itapemirim e demais corpos hídricos.

O levantamento é realizado separadamente por sub-bacias de esgotamento, de modo que, após a identificação, a concessionária execute as obras necessárias à melhoria da coleta e devido direcionamento para o tratamento.

De acordo com o diretor-presidente da Agersa, a prioridade dos levantamentos está sendo nas sub-bacias que possuem córregos que, mesmo possuindo redes coletoras, ainda sofrem com o lançamento de esgoto.

“A intenção é favorecer a manutenção de córregos limpos, sem lançamento de esgoto, o que vai reduzir o desconforto dos moradores das margens, além de impactar no que diz respeito à preservação ambiental”.

Após a finalização das ações será possível medir a qualidade dos serviços não somente pelo percentual de cobertura com redes, mas também pelos índices de eficiência dos sistemas.