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Bloqueio espacial

Bairros com casos de dengue recebem ação contra mosquito

Bloqueio espacial é uma das estratégias utilizadas para interromper a proliferação do Aedes aegypti
Foto: Márcia Leal/PMCI

O período de chuva e calor forma o ambiente ideal para a reprodução do Aedes aegypti, mosquito responsável por transmitir a dengue, zika vírus e chikungunya. Atenta a isso, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) de Cachoeiro realiza o serviço de bloqueio espacial em áreas com notificações de pessoas com sintomas dessas doenças.

O trabalho, realizado por meio de nebulização de inseticida por bombas costais, é concentrado em um raio de ação de 150 metros a partir dos imóveis associados às notificações. O objetivo é eliminar vetores adultos, transmissores dos vírus, quebrando um possível ciclo das doenças.

As ações foram iniciadas na última segunda-feira (31), no bairro São Geraldo, e tiveram continuidade na terça-feira (1), no Basiléia e Paraíso. Até sábado (7), os agentes estarão, também, nos bairros Agostinho Simonato, Caiçara, Boa Esperança, Jardim Itapemirim, Monte Cristo, Luiz Tinoco da Fonseca, Waldir Furtado Amorim, Aeroporto e Rui Pinto Bandeira.

Além disso, de acordo com a Semus, as equipes estarão presentes em bairros serpenteados por córregos urbanos.

Em Cachoeiro, no mês de janeiro, foram notificados 7 casos de dengue. Já zika vírus e chikungunya não tiveram registros na rede de saúde do município.

“As notificações de casos de doenças ligadas ao Aedes aegypti ainda estão baixas, mas não podemos nos descuidar das ações de prevenção. É muito importante que a população também contribua com esse trabalho de combate ao vetor de transmissão dessas enfermidades”, ressalta o secretário municipal de Saúde, Alex Wingler.

Agentes também realizam visitas a domicílios

O trabalho de bloqueio espacial não é a única estratégia utilizada pela Semus para combater o Aedes aegypti. De acordo com a pasta, atualmente, cerca de 75 agentes de endemia estão realizando visitas a domicílios do município para eliminar focos do mosquito e, também, orientar a população quanto aos procedimentos corretos para interromper seu ciclo reprodutivo. 

As visitas são realizadas respeitando todos os protocolos de combate à Covid-19, com agentes trajando máscaras e respeitando o distanciamento social recomendado.

Nesta semana, as equipes estão realizando abordagens nos bairros Rui Pinto Bandeira, São Francisco de Assis, Alto Eucalipto, Elpídio Volpini, Arariguaba, Costa e Silva, Bela Vista, Ibitiquara e Village da Luz.

Como a população pode ajudar no combate ao mosquito?

Muitas vezes, os focos do mosquito estão localizados dentro dos quintais e residências. A água parada pode estar em calhas, pneus, vasos de planta, garrafas pet, ralos ou em uma simples tampinha de garrafa. Nesses lugares, o mosquito se reproduz e pode iniciar um novo ciclo de contaminação.

O procedimento ideal, segundo a Semus, é conservar caixas d’água, tonéis e barris bem fechados; colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira fechada; não deixar acumular água sobre lajes e terraços; manter garrafas viradas de boca para baixo; acondicionar pneus em locais cobertos; proteger ralos sem tampa com telas finas; encher pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda e os lavar uma vez por semana.

Para quem for viajar durante as férias, é recomendável, antes, realizar uma vistoria na casa, a fim de garantir que não haja meios para que ocorra o acúmulo de água da chuva em itens localizados em quintais e lajes. O ideal, nesses casos, é acondicionar os objetos em abrigos da chuva ou realizar o descarte, de forma correta, em sacos plásticos vedados.

Fumacê

Devido aos seus efeitos nocivos ao meio ambiente, o conhecido fumacê só pode ser usado em casos específicos, como em situações de epidemia de doenças causadas pelo Aedes aegypti. Para o combate ao pernilongo culex, que provoca incômodo na população, a Vigilância Ambiental desenvolve um trabalho com aplicação de larvicida biológico, para eliminar as larvas do mosquito.