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Mais tecnologia nas escolas municipais com mesas interativas

Um dos objetivos é inovar as práticas da sala de aula e a qualidade do ensino

A Secretaria de Educação de Cachoeiro de Itapemirim (Seme) adquiriu 120 mesas digitais interativas para atender, em sua rede de ensino, alunos com idade entre 3 e 10 anos. Os equipamentos serão destinados a todas as escolas municipais e salas de recursos multifuncionais, onde estudantes com deficiência recebem atendimento educacional complementar. 

As mesas, que devem chegar às unidades até o fim do mês de fevereiro, possuem tela sensível ao toque (touch screen), sistema operacional próprio e um conjunto de aplicativos educativos. O objetivo é inovar as práticas da sala de aula e, consequentemente, a qualidade do ensino ofertado na educação infantil e no ensino fundamental, até o 5º ano.

Essas ferramentas, esclarece a secretária municipal de Educação, Cristina Lens, aliam os conteúdos curriculares à linguagem de game, envolvendo os estudantes em ambientes de aprendizagem que desenvolvem a lógica, a curiosidade, a reflexão, a argumentação, a capacidade de decisão e solução de problemas.

Esses recursos digitais, acrescenta ela, também favorecem a aprendizagem de alunos com deficiência e transtornos globais, atendendo ao proposto na Meta 4 do Plano Municipal de Educação. “A mesa possibilita a interação com objetos de aprendizagem, como jogos, quebra-cabeças, desafios e textos, por meio de ferramentas não convencionais, tela sensível ao toque”, explica.

“Outro aspecto fundamental, em se tratando das tecnologias da informação e do conhecimento, é o protagonismo do estudante, pois as ferramentas lhe possibilitarão a autoria por meio de situações que estimulam a criatividade”, avalia Cristina Lens.

Para trabalharem com esses recursos, os professores vão passar por capacitação, que será ofertada pela empresa fabricante das mesas, e vão receber, ainda, um manual impresso com fundamentação teórica, orientações metodológicas, descrição dos aplicativos com sugestões de uso e orientações pedagógicas inclusivas.

Conteúdos

Para a educação infantil, os aplicativos dialogam com os seguintes conteúdos: desenvolvimento da coordenação motora e raciocínio lógico, letramento, contos infantis, animais, formas geométricas, cores, estações do ano, elementos socioculturais do cotidiano, classificação e ordenação, profissões, higiene pessoal, noção corporal, quantidades, desenho e pintura.

Já nas séries iniciais do ensino fundamental (do 1º ao 5º ano), as mesas digitais vão contar com aplicativos voltados para alfabetização, linguagem poética, vocabulário básico da Língua Inglesa, adição e subtração, operações simples de multiplicação, frações, corpo humano, História do Brasil, trânsito e sustentabilidade.

Por fim, para a educação inclusiva, além de todos esses recursos, as ferramentas terão softwares que complementarão, nas salas de recursos multifuncionais, as aulas regulares, proporcionando desafios que estimulam as funções mentais superiores, a autonomia e a autoestima, por meio de desafios associados ao desenvolvimento motor, cognitivo e psíquico, como classificar, identificar, interpretar, localizar, memorizar, nomear, ordenar, relacionar e traçar.

Laboratórios de robótica

Outra aquisição inovadora da Seme, para este ano letivo, são os laboratórios de robótica, compostos de kits tecnológicos temáticos e de apoio, que vão atender, inicialmente, 10 escolas municipais de ensino fundamental.

São elas: Anacleto Ramos, Anísio Ramos, Galdino Theodoro da Silva, Julieta Deps Tallon, Luiz Marques Pinto, Monteiro Lobato, Florisbelo Neves, Pedro Estellita Herkenhoff, Gércia Ferreira Guimarães e Athayr Cagnin.

Os equipamentos deverão ser entregues nessas unidades até o mês de março. Simultaneamente, durante esse período, os professores terão capacitação detalhada para entendimento e aplicação do material.