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Maior cronista brasileiro

Morte de Rubem Braga completa 30 anos neste sábado (19)

Bienal Rubem Braga é um dos maiores eventos literários do Espírito Santo
Foto: Divulgação/PMCI

Há trinta anos, o mundo perdia Rubem Braga, o maior cronista brasileiro e um dos nomes mais importantes para a literatura mundial.

Nascido em Cachoeiro de Itapemirim, em 1913, Rubem Braga iniciou sua carreira como jornalista, aos 15 anos, assinando crônicas no jornal Diário da Tarde. Ele chegou a se formar em Direito, sem nunca ter exercido a profissão. No jornalismo, porém, atuou em trabalhos muito relevantes – sendo correspondente de guerra junto à Força Expedicionária Brasileira, durante a Segunda Guerra Mundial; colaborando com diversos periódicos e participando, também, de antologias, como a “Antologia dos Poetas Contemporâneos”.

Em 1936, lançou o primeiro livro autoral de crônicas intitulado “O Conde e o Passarinho” e, em seu legado, o escritor deixou outras obras como “A Borboleta Amarela (1955) “A Cidade e a Roça (1957) e “As Boas Coisas da Vida (1988).

Além de o Teatro Municipal, em Cachoeiro, receber o nome de Rubem Braga, o cronista também foi eternizado, batizando a terceira saída da estação General Osório do Metrô, em Ipanema, no Rio de Janeiro. A passagem recebeu o nome de “Complexo Rubem Braga”, em homenagem ao escritor que, por muitos anos, morou na cobertura do prédio vizinho à estação.

O escritor morreu no dia 19 de dezembro de 1990, no Rio de Janeiro. Seu corpo foi cremado e as cinzas jogadas no rio Itapemirim, na famosa “Volta do Caixão”, de onde se tem vista privilegiada para o Pico do Itabira.

Em Cachoeiro, o nome Rubem Braga ainda inspirou a criação de uma bienal literária, a maior realizada no sul do estado. A sétima edição do evento, que aconteceu em 2018, contou com 200 atrações culturais, 255 artistas, lançamento de 26 livros e atraiu cerca de 50 mil pessoas.

“Rubem Braga, apesar de ser cachoeirense, transformou-se num cidadão do mundo pela importância cultural e histórica. Embora o aniversário de sua morte seja uma lembrança triste, também serve para nos lembrar o quanto somos privilegiados por ter contato com o legado deixado por esse grande escritor. Viva Rubem Braga!”, comenta a secretária municipal de Cultura e Turismo, Fernanda Martins.