A Secretaria Municipal de Educação (Seme) de Cachoeiro de Itapemirim abriu inscrições para uma palestra sobre Educação Étnico-racial, que será realizada na próxima quarta-feira (21), às 19h, no auditório da escola municipal “Zilma Coelho Pinto”, no bairro Ferroviários.
Podem participar profissionais da área de educação e qualquer cidadão que tenha interesse em conhecer mais sobre o assunto. As inscrições devem ser realizadas por meio do endereço eletrônico: http://bit.ly/livro-vozes-negras.
A palestra será conduzida pelo doutor em educação e professor do Centro de Educação da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Gustavo Henrique Araújo Forde, autor do livro “Vozes Negras na História da Educação: racismo, movimento negro e educação no Espírito Santo (1978-2002)”, que será lançado no evento.
“O livro visa contribuir para o preenchimento de lacunas historiográficas com relação à presença da população negra na educação capixaba e sobre o protagonismo social dos movimentos negros na história da educação capixaba. Por isso, é uma referência para estudantes, professores, pesquisadores, estudiosos, produtores culturais, artistas e ativistas sociais interessados nessa temática”, explica Forde, que é membro do Núcleo Capixaba de Pesquisa em História da Educação e do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Ufes.
“Meu desejo é contribuir para a formação de professores com referência à presença da população negra na construção sócio-histórica e educacional do Espírito Santo”, complementa o professor.
O evento faz parte da programação do curso gratuito “Educação Étnico-racial: Desafios para o campo do currículo em ‘tempos pós’”, ofertado pela Seme, que está em andamento desde abril deste ano e que tem por objetivo proporcionar aos educadores da rede municipal de ensino aportes para o acompanhamento e a compreensão dos conteúdos relacionados às relações étnico-raciais, debatendo os aspectos referentes à cultura, ao imaginário social e à construção de representações sociais.
“Essa palestra é de extrema relevância para a educação. Estudar sobre a questão étnico-racial é promover um resgate da história, contribuir para o entendimento da complexa construção da sociedade. Uma pauta necessária na formação de professores”, avalia a secretária municipal de Educação, Cristina Lens.